•      Home
  • Destaques

Profa. Ana Maria Reis de Goes Monteiro (FEC/Unicamp) - Nova Diretora do CMU - Centro de Memória da Unicamp - posse em 30/09/2016


  • 04/10/2016, 17:09
  • ATU FEC
http://www.cmu.unicamp.br/cmu/noticias/141


Aconteceu na manhã da última sexta-feira (30/09), no prédio da Coordenadoria de Centros e Núcleos Interdisciplinares de Pesquisa (Cocen), a cerimônia de posse da nova diretoria do Centro de Memória – Unicamp (CMU) para o triênio 2016-2019.


   

A partir de indicação do Conselho Científico Superior do CMU, quem assume a direção do órgão é a Profa. Dra. Ana Maria Reis de Goes Monteiro, docente da Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo (FEC), em substituição à pesquisadora Maria Elena Bernardes, que esteve na direção nos últimos três anos. O cargo de diretor associado passa a ser ocupado pelo Prof. Dr. Jefferson de Lima Picanço, do Instituto de Geociências (IG), que substitui o Prof. Dr. José Ricardo Barbosa Gonçalves, do Instituto de Economia (IE).




Tanto a Profa. Ana Goes quanto o Prof. Jefferson Picanço já vinham atuando como integrantes do Conselho Científico do CMU desde 2012, final da gestão da Profa. Maria Carolina Bovério Galzerani (1949-2015). A atual diretora conta que se aproximou do CMU por volta de 1997, pois seu trabalho de mestrado foi feito a partir do acervo do Centro, ao qual foi apresentada pelo fundador do órgão, o historiador e professor José Roberto do Amaral Lapa (1929-2000). “Na minha vida, a pesquisa sobre Campinas nunca saiu do meu olhar e nem das minhas atividades – eu tenho algumas iniciações científicas cujo tema é Campinas – ou melhor, várias”, comenta ela.




Já o recém-empossado diretor associado conheceu o CMU quando ingressou como docente na Unicamp, em 2010, sendo pouco tempo depois indicado pela Congregação do IG para atuar como Conselheiro no Centro. “Eu venho da geologia, que trabalha com a história da terra, uma memória um pouquinho mais frágil que a memória humana, mas também uma coisa que estou aprendendo. Trabalho com a história da ciência, com a história das geociências no Brasil, principalmente com o séculoXVII, embora venha me aproximando cada vez mais do século XIX. Por isso, estou muito animado com essa nova responsabilidade, mas também com um friozinho da barriga”, confessa o professor.


Segundo Ana Goes, assumir a direção do CMU representa um novo desafio. “Primeiramente pela questão da gestão do bem público, que por si só é um grande desafio. A segunda questão é que eu penso que o Centro de Memória hoje – por ele estar aberto à pesquisa, por ele ter um acervo sistematizado, entre outros aspectos – se não é o principal acervo histórico da cidade de Campinas, é um dos principais. E também, além do acervo, o CMU gera pesquisa – gera pesquisa interna e possibilita geração de pesquisas externas. Então gerir tudo isso, para mim, é um desafio”, pondera. A professora ainda espera fortalecer, nas pesquisas que realiza e orienta, a ênfase sobre a cidade de Campinas. “Eu tenho orientado pesquisas de mestrado e doutorado com um recorte histórico – trabalhando com um período que vai da década de 1930 a 1980, porque abrange duas ditaduras, e esse é meu interesse – que envolvem a produção da arquitetura e a produção do ensino de arquitetura e urbanismo, e talvez esta seja a oportunidade de trazer essas pesquisas também com um olhar sobre Campinas. Então estou vendo muitos ganhos e muitas oportunidades”, completa ela.


Desafio e oportunidade – é o que também representa, para o Prof. Jefferson, assumir a direção associada do CMU. “Existe toda essa questão da gestão do patrimônio, da gestão do arquivo, da gestão das pessoas que são coisas muito desafiadoras. Além do que, a intenção é possibilitar que as pessoas tenham acesso aos acervos, frequentem o arquivo, pesquisem, façam do acervo do CMU fonte para suas pesquisas. A ideia é fazer o CMU ser funcional, fazer com que as pessoas venham mais para o Centro, aumentar sua visibilidade, pois o CMU tem uma potencialidade de ser visível que, inclusive, acho que é muito maior do que outros centros e núcleos da universidade, então temos que exercer essa vocação, mostrando o que o CMU faz, o que a gente tem, sempre com foco nesta temática de Campinas, mas sabendo qual é o nosso alcance e nossa musculatura para isso”, reflete.


Para ambos, superar os desafios previstos para os próximos três anos só será possível com o apoio e integração da equipe do Centro. “À medida que você sustenta qualquer decisão no coletivo, na expertise das pessoas envolvidas, você tem um ganho muito importante. A gente está num momento de crise, que é uma crise financeira, mas também a crise é uma coisa que abre oportunidades. Então, se soubermos trabalhar em meio a esta crise, a gente pode conseguir muita coisa interessante. O ser humano nessas horas faz coisas que ele mesmo duvida que conseguisse fazer numa outra situação”, defende o novo diretor associado. “Eu acho que trabalhar coletivamente é o nosso propósito”, conclui a nova diretora do Centro de Memória – Unicamp, Profa. Ana Goes.



Saiba mais:


Ana Maria Reis de Goes Monteiro é graduada em Arquitetura e Urbanismo (1981) e mestre em Urbanismo (2000) pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Pontifícia Universidade Católica de Campinas. Fez o doutorado na FEC (2007), onde atua, desde 2001, como docente do curso de Arquitetura e Urbanismo da Unicamp. É representante da universidade no Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano de Campinas (CMDU), além de diretora da Associação Brasileira de Ensino de Arquitetura e Urbanismo (ABEA). Na pós-graduação, é docente no programa Arquitetura, Tecnologia e Cidade da FEC. Tem experiência na área de Teoria e Projeto, atuando principalmente nos seguintes temas: Formação de arquitetos e urbanistas, ensino de arquitetura, Arquitetura moderna brasileira, processo de projeto de arquitetura.


Jefferson de Lima Picanço é geólogo pela Universidade Federal do Paraná (1989), com mestrado (1994) e doutorado (2000) em Geociências (Geoquímica e Geotectônica) pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente é professor do Instituto de Geociências da Unicamp, onde ingressou em 2010, tendo sido chefe do Departamento de Geociências Aplicadas ao Ensino entre 2013 e 2015. Trabalha principalmente com os seguintes temas: cartografia geológica-geotécnica e Historia das Ciências e das Técnicas no Brasil.



Fotografias de Antonio Augusto Ferreira (CMU).